Pois é, se você fica indignado com os preços praticados no Brasil, onde o carro custa muito mais do que em outros países, alguns quase vizinhos a nós, imagine então quando essa realidade é colocada diante de consumidores no exterior.
Foi isso o que fez a Revista Forbes, uma das mais conceituadas de economia e finanças do mundo. Ela publicou ontem (12) um artigo nos EUA sobre os preços absurdos praticados no Brasil, citando uma matéria publicada no NA sobre o assunto.
Não é de hoje que o NA vem falando dos lucros abusivos e preços absurdos praticados no país, onde o consumidor paga de 2 a 3 vezes mais por um mesmo carro vendido em outros mercados grandes. Aliás, o carro no Brasil é o mais caro do mundo.
O artigo da Forbes cita o exemplo do Jeep Grand Cherokee, que aqui custa R$ 179.900 na versão Laredo, que é a de entrada. Isso significa que o brasileiro paga US$ 89.500 por umCherokee “básico”, segundo a publicação americana.
No Brasil, US$ 89.500 por Jeep Grand Cherokee está muito distante da renda média brasileira. Anos-luz, segundo eles. E temos que concordar, afinal, em um país onde o salário mínimo é de US$ 308 e a renda per capita é somente a 75ª do mundo, comprar um carro totalmente pelado por US$ 10.500 (R$ 21.000 com IPI reduzido) é algo fora da realidade internacional.
A alta carga tributária, aliada aos exagerados lucros (para salvar matrizes em crise ou bancar prejuízos com modelos que existem apenas para ampliar mercado) das montadoras e à ineficiência do estado, faz o Brasil continuar sendo a colônia que enriquece as metrópoles.
A revista ainda compara os preços em dólar do Dodge Durango 2013, outro modelo daChrysler que vai estar no Salão do Automóvel custando em torno de R$ 190.000 (US$ 95.000). Nos states, o mesmo modelo custa a partir de US$ 28.500.
Enfim, aqui um Grand Cherokee custa o mesmo que um BMW X5 por lá e – como eles mesmos dizem – não há status em Civic, Corolla, Cherokee ou Durango.
Infelizmente essa realidade do brasileiro não vai mudar tão cedo, continuando assim a pagar milhares de dólares a mais para sustentar mercados em crise e manter a incompetência estatal. Leia aqui o artigo da Forbes .
Nenhum comentário:
Postar um comentário